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Mostrando postagens com o rótulo Saudade da velha casa

Enquanto Durmo, Minha Alma Arruma a Casa

Às vezes, os sonhos falam mais do que mil palavras. E, em noites silenciosas, quando tudo parece repousar, algo em nós desperta e trabalha. Em muitas jornadas oníricas, percebemos mensagens simbólicas — não apenas visões aleatórias, mas verdadeiros processos de cura e transformação da alma. Hoje, compartilho uma reflexão que nasce do silêncio das madrugadas: o que significa sonhar com uma casa desorganizada, que insisto em limpar? E o que minha alma estaria tentando me dizer com isso? Às vezes, quando a mente repousa e os olhos se fecham, é a alma quem desperta. Ela caminha por lugares que o corpo não pode visitar e, em silêncio, começa a cuidar do que ficou esquecido — como quem, noite após noite, tenta organizar um espaço sagrado: o interior. Há sonhos que se repetem. Neles, estou sempre limpando uma casa — velha, desorganizada, com portas emperradas e janelas cobertas de poeira. É a casa da minha infância (não que fosse desorganizada) o lugar onde muitos de meus sentimentos come...

A velha casa

A velha casa onde morei, me acolheu, o seu teto abrigou-me da chuva e do sol, suas paredes protegeram-me do frio e do calor. Suas janelas permitiram entrar o ar para refrescar-me, o seu assoalho frio deixou-se pisar por anos, e nunca reclamou. Suas paredes guardam segredos jamais revelados, o seu quarto me esquentou nas noites frias de inverno, quando chorei na solidão... e nas noites quentes , quando, apaixonadamente, entreguei-me aos gemidos de prazer. A sua varanda viu olhares de cobiça e admiração, a sua porta se abriu para os amigos e a sua sala acolheu inimigos. A velha casa já presenciou de tudo o que podia; A velha casa já viu nascer e morrer... A velha casa já viu: a dor, a alegria e o amor... Simone Anjos Em um momento de nostalgia... Imagem: http://www.dreamstime.com/house-imagefree