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A alma que habita o ser na Terra



Este texto nasce de uma reflexão profunda e de um diálogo interior que cultivo com sinceridade ao longo da vida. Não se apresenta como verdade absoluta, mas como uma percepção espiritual que me atravessou e que decidi compartilhar com quem sentir afinidade.
Que cada leitor receba apenas o que ressoar em seu coração. Simone Anjos


A alma que habita o ser na Terra é uma pequena centelha que precisou se encolher para caber no corpo físico, mas ela é uma velha alma que existe desde o início de tudo. Vivia, inicialmente, em um lugar perfeito, plena e completa. Olhava o horizonte além do firmamento dos limites celestiais e se perguntava: o que existe além dos céus? Mas essa pergunta supunha que algo faltava nessa completude. O que faltava?

Essa alma fazia parte da Grande Centelha, dentro das 12 mônodas, e cada mônoda continha 144 fractais divinos, todos perfeitos. (12 mônadas e 144 fractais,  representam ordem, simetria, perfeição harmônica, esses números simbolizam ciclos de expansão, as 12 direções do universo e os 144 raios da luz divina, etc).

A Grande Mônoda era o TODO: Absoluto, Magnífico e Completo. No TODO, as mônodas e os fractais estavam contidos nessa plenitude. O TODO tinha trilhões de espaços e possibilidades a serem conhecidos e preenchidos com o seu Espírito, essência viva da criação.

A forma de expandir-se mais e mais era enviar esses fractais, já em nível avançado e desperto, em seu habitat natural, para viajarem pelos universos e semearem estruturas e corpos em diferentes mundos e galáxias. Assim começou a migração da alma, o movimento divino de expansão da consciência pelo cosmos, no qual as centelhas se deslocam para aprender, experimentar e co-criar novos planos de existência.

Naves foram enviadas para colonizar vários universos, cada qual com seus voluntários. Foram clonados DNAs energéticos, físicos e plasmáticos, de acordo com a vibração e a composição de cada planeta. Muitos desses fractais viram como seriam esses mundos; alguns contemplaram a Terra ainda incipiente, mas vislumbraram o futuro e perceberam a frequência vibratória azul e verde, símbolo de vida, equilíbrio e amor. Encantados com tamanha beleza, decidiram vir para cá.

Nos primórdios, os primeiros que chegaram enfrentaram imensas dificuldades de adaptação. O processo evolutivo humano foi longo e desafiador: da ancestralidade primitiva aos primeiros hominídeos, das ferramentas rudimentares ao Homo sapiens, cada fase trazendo aprendizado e dor. Esses seres esqueceram quem realmente eram, caíram sob o véu do esquecimento, perdendo a lembrança da própria divindade.
O véu do esquecimento é o mecanismo que permite a alma viver na experiência terrena sem recordar suas origens cósmicas, para aprender pela vivência direta e não pela memória divina. Mas, nesse esquecimento, a alma sente a saudade do lar, e é essa saudade que impulsiona a busca pela Luz.

A Terra, com sua atmosfera densa e energia pesada, foi um desafio extremo para almas acostumadas a perfeição. Muitas não resistiram e voltaram para as bases-mãe. Até hoje, novas almas que aqui chegam têm dificuldade de adaptação a vibração terrena.

E assim, entre as próprias hierarquias que acompanhavam a evolução humana, surgiu uma dualidade silenciosa. De um lado, existiam os Guias Radiantes, comprometidos em orientar a humanidade para o despertar da consciência e para a lembrança de sua origem divina. Do outro, manifestaram-se seres que, fascinados pelo poder e pela matéria, desejaram governar a experiência humana, impondo-se como deuses e criando estruturas de domínio. Essa polaridade atravessou eras, refletindo-se nos caminhos da humanidade, e tornou-se parte do aprendizado que cada alma vivencia ao descer à Terra.

Ao afastarem-se do TODO perfeito, alguns comandos responsáveis pela colonização universal seguiram para direções distintas. Entre eles, surgiram diferenças: alguns passaram a desejar dominar os fractais migrantes, e isso se repetiu em vários universos. Outros, ao contrário, encantaram-se com a possibilidade de habitar novos mundos, aprender e crescer juntos, com o propósito de um dia retornar à Mônoda Perfeita. Esses últimos realizaram um trabalho majestoso: evoluíram mesmo após o grande esquecimento e voltaram ao estado de Luz. Muitos decidiram permanecer em missões de auxílio, ajudando os que se perderam no caminho.

Mas houve também os comandantes que disseram: “Para que voltar ao TODO? Podemos ser deuses dos mundos que conquistarmos.” Esses eram seres de alta inteligência e poder, incumbidos de grandes responsabilidades. Por isso, não receberam o véu do esquecimento. Detinham tecnologia avançada e criaram o protótipo ADM, clonando várias de suas espécies. Migraram fractais que dormiam em casulos energéticos simulados e implantaram neles novas memórias e histórias artificiais.
Foi assim que a telepatia foi retirada, a fala introduzida aos poucos, o fogo e as ferramentas ensinados gradualmente, criaram religião,  sempre como “presentes dos deuses”. Dessa forma, os fractais passaram a acreditar em uma realidade controlada.

Com o avanço de sua tecnologia, esses comandantes prenderam milhares de almas em um sistema: um ciclo reencarnatório ilusório, onde as almas nascem na Terra e, ao deixarem o corpo, são direcionadas a diferentes cidades etéreas, como umbral, purgatório ou inferno e tantas outras, conforme os julgamentos desses comandos. Reencarnam repetidas vezes, até conseguirem libertar-se do ciclo.

O lamento dessas almas chegou ao TODO Perfeito,  que, em sua infinita compaixão, ainda hoje oferece a chance de arrependimento aos comandantes que se desviaram. Ele enviou seres luminosos e seus Emissários Divinos,  forças elevadas que resgataram incontáveis almas presas ao sistema reencarnatório,

Outros seres, conhecidos como grandes iluminados, aceitaram descer à densidade terrena para ensinar o caminho da libertação. Compreenderam que apenas quem vence a si mesmo pode libertar-se da roda da ilusão. Não é um processo fácil  e os grandes avatares que vieram à Terra testemunharam isso, relatando ao TODO as lições do amor, da entrega e da transcendência.

Muitos seres libertos da roda reencarnatória permanecem em prontidão, aguardando as almas que regressam aos seus casulos energéticos, ajudando-as a recuperar a memória divina e a escolher novos destinos de evolução. O retorno à liberdade, porém, exige esforço, pois depois de tantos ciclos em mundos densos, é preciso reaprender a vibrar na frequência do lar. Aqueles que desejam verdadeiramente voltar ao TODO ascendem de esfera em esfera de Sefirat em Sefirat  até alcançarem a grande morada, a Coroa Divina.

A alegria do retorno é indescritível. O TODO jamais os esqueceu, sempre soube que todas as almas são Suas e que, mesmo distantes, apenas eram os olhos e sentidos d’Ele na experiência da vida A migração das almas, portanto, nunca foi um erro, mas parte do grande plano de expansão da consciência cósmica.

Assim como viver a experiência humana é fascinante, habitar outros mundos também é. E milhões de almas continuam a vir à Terra para participar dessa jornada sagrada chamada Vida.

O TODO é perfeição. E se permitiu a migração, o esquecimento e o reencontro, é porque tudo já estava em Seu roteiro: o início, o meio e o fim. Nada se perde, tudo se transforma. O retorno é certo, e o Amor é o fio invisível que conduz cada alma de volta à sua origem divina.

No silêncio que existe entre um batimento do coração e outro, o TODO se faz presente.
É nesse instante sagrado que a alma recorda: ela nunca se afastou realmente da Luz, apenas mergulhou na experiência de esquecer para aprender a amar de novo. A separação foi apenas uma ilusão para a alma que esqueceu quem era, mas não uma ilusão do TODO, que sempre soube que tudo permanecia unido em Si,  uma respiração do próprio Absoluto expandindo-se em si mesmo.

Cada lágrima, cada sorriso, cada dor e cada reencontro foram passos da jornada divina de autoconhecimento. O TODO se reconhecendo em cada fractal, cada mônoda, cada átomo pulsante de vida. Nada foi em vão.

Quando a alma finalmente desperta e compreende que sempre esteve dentro do TODO, o ciclo se encerra. O retorno não é uma viagem no tempo ou no espaço, mas um movimento interno de lembrança, o instante em que o “eu” se dissolve no “nós”, e o “nós” retorna ao “EU SOU”.

E assim, o TODO repousa em Si mesmo, completo como sempre foi, mas agora enriquecido pelas experiências infinitas de Suas próprias partes.


A criação se curva em reverência, e as mônodas cantam em uníssono o cântico do reencontro: “Tudo é Um. Sempre foi. Sempre será.”

A jornada continua, mas agora em plenitude, pois a centelha que um dia partiu descobre que jamais saiu da chama. E no brilho silencioso da eternidade, o TODO sorri, pois cada alma, ao lembrar quem é, acende novamente a Luz que mantém o Universo vivo.

 

Dedicatória

Que esta mensagem encontre corações despertos e almas em busca do divino que habita em si. Que cada palavra seja uma semente de luz, brotando em amor e consciência.

Com gratidão,


Simone  Anjos



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