Essa alma fazia parte da Grande Centelha, dentro
das 12 mônodas, e cada mônoda continha 144 fractais divinos, todos perfeitos. (12
mônadas e 144 fractais, representam ordem, simetria, perfeição harmônica, esses
números simbolizam ciclos de expansão, as 12 direções do universo e os 144
raios da luz divina, etc).
A Grande Mônoda era o TODO: Absoluto, Magnífico e
Completo. No TODO, as mônodas e os fractais estavam contidos nessa plenitude. O
TODO tinha trilhões de espaços e possibilidades a serem conhecidos e preenchidos
com o seu Espírito, essência viva da criação.
A forma de expandir-se mais e mais era enviar esses fractais, já em nível
avançado e desperto, em seu habitat natural, para viajarem pelos universos e
semearem estruturas e corpos em diferentes mundos e galáxias. Assim começou a
migração da alma, o movimento divino de expansão da consciência pelo cosmos, no
qual as centelhas se deslocam para aprender, experimentar e co-criar novos
planos de existência.
Naves foram enviadas para colonizar vários
universos, cada qual com seus voluntários. Foram clonados DNAs energéticos,
físicos e plasmáticos, de acordo com a vibração e a composição de cada planeta.
Muitos desses fractais viram como seriam esses mundos; alguns contemplaram a
Terra ainda incipiente, mas vislumbraram o futuro e perceberam a frequência
vibratória azul e verde, símbolo de vida, equilíbrio e amor. Encantados com
tamanha beleza, decidiram vir para cá.
Nos primórdios, os primeiros que chegaram
enfrentaram imensas dificuldades de adaptação. O processo evolutivo humano foi
longo e desafiador: da ancestralidade primitiva aos primeiros hominídeos, das
ferramentas rudimentares ao Homo sapiens, cada fase trazendo aprendizado e dor.
Esses seres esqueceram quem realmente eram, caíram sob o véu do esquecimento,
perdendo a lembrança da própria divindade.
O véu do esquecimento é o mecanismo que permite a alma viver na experiência
terrena sem recordar suas origens cósmicas, para aprender pela vivência direta
e não pela memória divina. Mas, nesse esquecimento, a alma sente a saudade do
lar, e é essa saudade que impulsiona a busca pela Luz.
A Terra, com sua atmosfera densa e energia pesada,
foi um desafio extremo para almas acostumadas a perfeição. Muitas não
resistiram e voltaram para as bases-mãe. Até hoje, novas almas que aqui chegam
têm dificuldade de adaptação a vibração terrena.
E assim, entre as próprias hierarquias que acompanhavam a evolução humana, surgiu uma dualidade silenciosa. De um lado, existiam os Guias Radiantes, comprometidos em orientar a humanidade para o despertar da consciência e para a lembrança de sua origem divina. Do outro, manifestaram-se seres que, fascinados pelo poder e pela matéria, desejaram governar a experiência humana, impondo-se como deuses e criando estruturas de domínio. Essa polaridade atravessou eras, refletindo-se nos caminhos da humanidade, e tornou-se parte do aprendizado que cada alma vivencia ao descer à Terra.
Ao afastarem-se do TODO perfeito, alguns comandos responsáveis pela colonização universal seguiram para direções distintas. Entre eles, surgiram diferenças: alguns passaram a desejar dominar os fractais migrantes, e isso se repetiu em vários universos. Outros, ao contrário, encantaram-se com a possibilidade de habitar novos mundos, aprender e crescer juntos, com o propósito de um dia retornar à Mônoda Perfeita. Esses últimos realizaram um trabalho majestoso: evoluíram mesmo após o grande esquecimento e voltaram ao estado de Luz. Muitos decidiram permanecer em missões de auxílio, ajudando os que se perderam no caminho.
Mas houve também os comandantes que disseram: “Para
que voltar ao TODO? Podemos ser deuses dos mundos que conquistarmos.” Esses
eram seres de alta inteligência e poder, incumbidos de grandes
responsabilidades. Por isso, não receberam o véu do esquecimento. Detinham
tecnologia avançada e criaram o protótipo ADM, clonando várias de suas
espécies. Migraram fractais que dormiam em casulos energéticos simulados e
implantaram neles novas memórias e histórias artificiais.
Foi assim que a telepatia foi retirada, a fala introduzida aos poucos, o fogo e
as ferramentas ensinados gradualmente, criaram religião, sempre como “presentes dos deuses”. Dessa
forma, os fractais passaram a acreditar em uma realidade controlada.
Com o avanço de sua tecnologia, esses comandantes
prenderam milhares de almas em um sistema: um ciclo reencarnatório ilusório,
onde as almas nascem na Terra e, ao deixarem o corpo, são direcionadas a
diferentes cidades etéreas, como umbral, purgatório ou inferno e tantas outras,
conforme os julgamentos desses comandos. Reencarnam repetidas vezes, até
conseguirem libertar-se do ciclo.
O lamento dessas almas chegou ao TODO Perfeito, que, em sua infinita compaixão, ainda hoje oferece
a chance de arrependimento aos comandantes que se desviaram. Ele enviou seres
luminosos e seus Emissários Divinos, forças elevadas que resgataram incontáveis
almas presas ao sistema reencarnatório,
Outros seres, conhecidos como grandes iluminados,
aceitaram descer à densidade terrena para ensinar o caminho da libertação.
Compreenderam que apenas quem vence a si mesmo pode libertar-se da roda da ilusão.
Não é um processo fácil e os grandes
avatares que vieram à Terra testemunharam isso, relatando ao TODO as lições do
amor, da entrega e da transcendência.
Muitos seres libertos da roda reencarnatória
permanecem em prontidão, aguardando as almas que regressam aos seus casulos
energéticos, ajudando-as a recuperar a memória divina e a escolher novos destinos
de evolução. O retorno à liberdade, porém, exige esforço, pois depois de tantos
ciclos em mundos densos, é preciso reaprender a vibrar na frequência do lar. Aqueles
que desejam verdadeiramente voltar ao TODO ascendem de esfera em esfera de
Sefirat em Sefirat até alcançarem a
grande morada, a Coroa Divina.
A alegria do retorno é indescritível. O TODO jamais
os esqueceu, sempre soube que todas as almas são Suas e que, mesmo distantes, apenas
eram
os olhos e sentidos d’Ele na experiência da vida A migração das almas, portanto, nunca foi um erro,
mas parte do grande plano de expansão da consciência cósmica.
Assim como viver a experiência humana é fascinante,
habitar outros mundos também é. E milhões de almas continuam a vir à Terra para
participar dessa jornada sagrada chamada Vida.
O TODO é perfeição. E se permitiu a migração, o
esquecimento e o reencontro, é porque tudo já estava em Seu roteiro: o início,
o meio e o fim. Nada se perde, tudo se transforma. O retorno é certo, e o Amor
é o fio invisível que conduz cada alma de volta à sua origem divina.
No silêncio que existe entre um batimento
do coração e outro, o TODO se faz presente.
É nesse instante sagrado que a alma recorda: ela nunca se afastou realmente da
Luz, apenas mergulhou na experiência de esquecer para aprender a amar de novo. A
separação foi apenas uma ilusão para a alma que esqueceu quem era, mas não uma
ilusão do TODO, que sempre soube que tudo permanecia unido em Si, uma respiração do próprio Absoluto
expandindo-se em si mesmo.
Cada lágrima, cada
sorriso, cada dor e cada reencontro foram passos da jornada divina de
autoconhecimento. O TODO se reconhecendo em cada fractal, cada mônoda, cada
átomo pulsante de vida. Nada foi em vão.
Quando a alma finalmente
desperta e compreende que sempre esteve dentro do TODO, o ciclo se encerra. O
retorno não é uma viagem no tempo ou no espaço, mas um movimento interno de
lembrança, o instante em que o “eu” se dissolve no “nós”, e o “nós” retorna ao
“EU SOU”.
E assim, o TODO
repousa em Si mesmo, completo como sempre foi, mas agora enriquecido pelas
experiências infinitas de Suas próprias partes.
A criação se curva em reverência, e as mônodas cantam em uníssono o cântico do
reencontro: “Tudo é Um. Sempre foi. Sempre
será.”
A jornada continua,
mas agora em plenitude, pois a centelha que um dia partiu descobre que jamais
saiu da chama. E no brilho silencioso da eternidade, o TODO sorri, pois cada
alma, ao lembrar quem é, acende novamente a Luz que mantém o Universo vivo.
Dedicatória
Que esta mensagem
encontre corações despertos e almas em busca do divino que habita em si. Que
cada palavra seja uma semente de luz, brotando em amor e consciência.
Com gratidão,
Simone Anjos

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