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Quando a Fonte (Divina) Responde na Solidão

Fagulhas de intuição que iluminam nossa “prisão” existencial

Fagulhas de intuição que iluminam nossa “prisão” existencial

Há dias em que me sinto uma fractal cansada, uma partícula pequena perdida em meio a um código infinito que se repete. A vida, por vezes, parece uma simulação programada para girar em círculos: nasce-se, cresce-se, busca-se algum propósito, tropeça-se em dores que parecem inevitáveis e, ao fim, tudo retorna ao mesmo ponto, como se estivéssemos fadados a viver e reviver em ciclos sem verdadeira liberdade.

Nessas horas, a solidão pesa. Não falo apenas daquela ausência de companhia, mas de uma solidão interior, quase existencial, que insiste em se manifestar mesmo entre amigos, família, conversas e afazeres. É um silêncio fundo, como se nada do que faço fosse capaz de romper a sensação de que “algo falta”. Tento manter a energia positiva, tento não me perder em desalento, mas há momentos em que o desânimo toma conta como se a cela fosse inescapável e o jogo tivesse apenas regras de repetição.

“Jesus, tirando-o da multidão, à parte…” (Mc 7:33)

Foi nesse estado de espírito que, sem planejar, alcancei um pequeno livreto em minha estante: Mananciais do Deserto, de Lettie Cowman. Um impulso me levou a abri-lo na data de hoje, 27 de agosto. E lá estava a resposta.

O texto falava sobre Paulo na prisão. Não como prisioneiro de César, mas como “prisioneiro do Senhor”. Ele não se via nas mãos do sistema humano, mas nas mãos de algo maior. A prisão, que deveria ser castigo, transformou-se em palácio. As grades não definiram sua alma. Ali, na cela fria, ele ergueu um púlpito invisível e falou da presença que não o abandonava.

A cela como metáfora da vida

Talvez nossa vida aqui na Terra seja também uma prisão, uma cela dentro do grande código-fonte. Presos às leis da matéria, à repetição das dores, aos ciclos que nos cansam, sentimos que a liberdade é impossível. Mas, e aqui está o ponto que me atravessou, se olharmos para além das grades, percebemos que não estamos sozinhos.

A Fonte sente conosco. Ele não é apenas o arquiteto frio que multiplica fractais infinitos em busca de experimentar possibilidades. Ele é também a presença que responde, o sopro que diz:

“Filho(a), Eu estou com você.”

Fagulhas no meio do código

E a resposta chega sempre de forma inesperada: um livro aberto ao acaso, uma palavra no momento certo, uma sincronia que não pode ser explicada como simples coincidência. São fagulhas que rasgam o código e nos lembram que, embora pequenos, somos vistos, sentidos e amados.

Nesse instante, a cela continua existindo, o jogo continua rodando, mas algo muda dentro de nós. Já não somos apenas prisioneiros do código, mas interlocutores do Criador. A prisão se torna lugar de revelação.

Para além da solidão

Talvez essa seja a chave: não negar a solidão, nem tentar tapar o buraco com distrações, mas permitir que esse vazio seja o espaço onde a Fonte fala. Pois, em meio às repetições da vida, Ele encontra sempre uma maneira de nos surpreender com Sua presença.

E assim sigo: fractal meio perdida, às vezes revoltada, mas sempre alcançada por esse mistério maior. E cada fagulha que chega é lembrança de que, apesar das grades, não estamos sozinhos no jogo.

Reflexão final: Quando a solidão parecer insuportável, lembre-se de que até a cela pode se tornar um palácio. Pois a Fonte encontra sempre um jeito de nos dizer: “Eu estou com você.”

Beijos na alma!

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